domingo, 25 de outubro de 2009

Somente Coisas Mimosas

Aproveitando o post anterior, seguirei falando um pouco de moda e seus lugares por aqui, visto que hoje é o último dia do Japan Fashion Week em Tokyo.

Como ainda não me credenciei para ser crítica de moda, não fui lá, porém coloquei aqui 2 links bem interessantes para quem quiser saber mais. O segundo tem uma série fotos do evento. Destaco apenas uma que achei uma “gracinha”:


http://www.jfw.jp/

http://www.zimbio.com/pictures/umz8e6bwwkv/Japan+Fashion+Week+2009+Gut+Dynamite+Cabarets

Como tudo por aqui é mega, não dá para dizer que este ou aquele lugar representam a moda por aqui. Mas com certeza podemos nos referenciar por 2 pontos:

Ginza é um dos bairros comerciais mais luxuosos do mundo, fica próximo ao centro de Tokyo. Todo mundo fala que se compara com a 5ª Avenida em Nova York. Ainda não fui lá (... nem em Ginza .. nem em NY...), por isso, maiores detalhes num post futuro.

O segundo ponto é Shibuya, que dita regras da moda adolescente e jovem para o mundo todo ( é aquele que fica próximo a Harajuku .. o “Parque da Redenção” por aqui).

Shibuya é um dos 23 bairros em Tokyo. Tem uma área de 15Km2, mas a densidade de gente bem grande, mais de 202 mil habitantes moram ali.


Dizem que o cruzamento na saída da estação Shibuya é o mais movimentado de Tokyo (lembrem... aqui tudo é grande), e chega a passar 1 milhão de pessoas por dia... pelo que vi e deu para filmar, não duvido mesmo!!!!

Já contei para alguns amigos antes, mas vale aqui repetir a estória do Hachiko – o tal cachorro ! Até porque em dezembro, estréia no cinema, um filme sobre esta estória, estrelado pelo (maravilhoso!!) Richard Gere e obviamente um cachorro que não sei o nome.


Hachiko era um cachorro da raça akita que ficou conhecido por causa da sua lealdade ao dono. Tem uma estátua na saída da estação, e é ponto de encontro de todo mundo por lá. Se for encontrar alguém em Shibuya é só marcar “no cachorro” !!!! Não preciso dizer quantas milhares de pessoas ficam lá no tal “Cachorro” o tempo todo ...


O tal Hachiko veio com o dono para Tokyo em 1924, que era um professor da Universidade de Tokyo, chamado Ueno. O Hachiko ia com o dono todo dia até a estação de trem e voltava no final da tarde para encontrar o dono novamente, que voltava de seu trabalho na Universidade. Um dia o Ueno-san não voltou para a estação, pois tivera um ataque do coração e faleceu na Universidade. O cachorro foi dado a outra pessoa, mas Hachiko continuava a voltar a estação e um dia permaneceu lá para esperar. As pessoas que já o conheciam do dia a dia da estação, passaram a alimentá-lo, e ele lá viveu por mais 10 anos. Ele morreu em 8 de março de 1935 e seus restos mortais estão na guarda do Museu Nacional de ciências do Japão em Ueno. Acreditem se quiser!


E por falar em animais, vejam a notícia abaixo:

Japoneses estressados estão recorrendo a "cafés de coelho" para aliviar a tensão do dia-a-dia. Locais como o Usagi-to-Cafe ("O Coelho e o Café"), na cidade de Nagoya, oferecem a oportunidade de se pagar para acariciar os bichinhos - em um país onde muitos apartamentos alugados proíbem animais de estimação. Os clientes podem comer uma refeição e depois relaxar fazendo carinho nos animais ( se preferirem, podem trazer os seus próprios coelhos). Os cafés de animais, incluindo coelhos, gatos e cachorros, viraram moda no Japão e já podem ser encontrados em várias partes do país. O preço para acariciar os bichinhos fica em cerca de US$ 1 por minuto.

Não, não estou de sacanagem.... é uma notícia verdadeira (Set. 2009). Caso não acreditem, segue o link do tal Café : http://www.usagito-cafe.com/



Só finalizando com a frase... realmente Não há o que não haja !!!!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Moda - Capítulo Primeiro


Quando acho que já entendi a “moda” aqui no Japão, me deparo com a seguinte notícia:

A primeira-dama do Japão, Miyuki Hatoyama, foi uma das ganhadoras do prêmio entregue aos japoneses que melhor sabem usar calças jeans. Segunda ela, aos 66 anos, veste quase diariamente um jeans. O prêmio se chama “Best Jeanist 2009”, organizado pela associação de fabricantes de jeans do Japão. Ela dividiu o prêmio com um ator taiuanês chamado Jerry Yan e com as 4 integrantes do grupo pop (J-pop, lembram?) Speed.


Ou seja, ao melhor estilo do “Não há o que não haja” por aqui.

Estava a procura de uma palavra para começar a série de posts sobre moda ( atendendo a vários pedidos). Pensei em falar de “criatividade” , mas não é uma palavra que defina o estilo de se vestir do japonês. Se eu falar que é um “Tsunami de tribos urbanas”, talvez fique melhor. Mas temos que admitir: o Japão está definitivamente na moda!

Vocês já ouviram falar em “Gothic Lolita”? E “Ninja”? E “Colorfull”? E “Black-Wannabes”? “J-rock”? “Visual Kei”? “Cosplay”? “Harajuku”? “Fruits”?

Pois é... eu também não. Claro que meu forte não é, e nunca foi moda. Mas, somente para esclarecimento, todos são definidos como “estilos” na moda japonesa.

Uma breve explicação do primeiro “tipo” ( até a revista Capricho já fez matéria sobre este estilo): Gothic Lolita ou "GothLoli" (ゴスロリ, gosurori) é uma moda popular entre adolescentes e jovens adultas (e por vezes pessoas do sexo masculino.. vejam bem .... fazendo juz ao título do blog ...), que vestem roupas inspiradas pela moda Vitoriana ou Rococó. Freqüentemente tentam imitar a aparência de bonecas de porcelana ou princesas. A origem do gosurori é uma combinação da moda lolita – que envolve tentar parecer ‘fofa’ ou meiga a ponto de parecer infantil – e certas características da moda gótica. Mas como moda é visual, vejam por vocês:








Uma curiosidade : No bairro Akihabara ( conhecido por ser um bairro de eletrônicos, animes e comics), existem algumas lojas especializadas em vestimentas para este público “Lolita” ou “Gothic Lolita”. Até aí, diriam vocês, nada de mais. Sim, se não fosse o “restante” dos artigos vendidos nas mesmas lojas. Como aqui é um blog público, e crianças são autorizadas a ler, não colocarei fotos dos referidos “acessórios”. Porém, de inocentes, não achei quase nada além de pompons usados nos vestidos!


E como sou absolutamente apaixonada por sapatos, saio andando e apontando minha câmera para baixo, sempre na esperança de captar algo diferente. Seguem algumas fotos que falam por si ! Obs.: botas (de qualquer tipo, cores e tamanhos) são usadas o ano inteiro, não importando se está fazendo 30º C ou não !















Mas dá para entender o espírito da moda mais jovem por aqui visitando qualquer loja de animes e comics.



Mais moda nos próximos capítulos: aguardem !

"Elegância é quando o interior é tão belo quanto o exterior.”
Gabrielle Coco Chanel

domingo, 18 de outubro de 2009

Tokyo e Paris : injusta comparação


Shiba é uma região de Tokyo, que fica próxima da parte mais central da capital, com muitos hotéis e escritórios. Ela é conhecida pela Torre mais alta da Cidade, pelo Templo Zojoji e por um parque de mesmo nome que circunda este Templo.


O Templo Zojoji foi criado em 1393, sede da escola budista Jodo Shu, ou Terra Pura. A atual localização data de 1598 (por causa de uma imensa explosão no Castelo de Edo) e deve-se ao Shogun, Ieyasu Tokugawa, que escolheu Zojoji como o templo a ser freqüentado por sua família. Ali estão enterrados 6 dos 15 Shoguns da família.

Naquela época ocupava 826mil metros quadrados, com 48 templos menores e mais de 150 escolas para os iniciantes do Budismo. Hoje fica num quarteirão, cuja vista da torre pode-se ter noção deste lugar sagrado no meio de uma metrópole alucinante. Chega a ser estranho.


Dentro deste quarteirão tem o Pavilhão principal, o grande sino (cujo diâmetro é de 1,76m, altura de 3,3m e pesando 15 toneladas), uma imagem negra do Buda (está dentro de um dos prédios fechados) e o Mausoléu dos Shoguns Tokugawa (além de um cemitério bem atrás do Pavilhão principal). Na entrada ainda tem uma pedra com uma imagem dos pés de Buda, entre outras imagens.


A entrada é gigantesca, com 3 portões que medem 21m de altura e 28m de largura ao todo – tudo laqueado de vermelho ( não deu para fotografar detalhes dos portões pois estavam abertos e numa sombra). Dizem que é a estrutura de madeira mais velha da cidade. Os 3 portões representam os estágios os quais se devem atravessar para atingir o nirvana.


O Pavilhão principal (chamado Daiden) foi reconstruído em 1974. Lá dentro há uma imagem do Buda Amida, o Buda da Luz infinita, feito no Período Muromachi (1333-1573). A foto não é das melhores, pois não se pode fotografar dentro do salão.

No caminho (lindo) ao lado do Templo que se vai até a torre, existem 2 pontos que me chamaram a atenção:

O primeiro foi pequenas estátuas de Buda (chamadas Jizo) vestidas com roupas infantis e com cataventos. Elas representam a proteção da alma até o paraíso de crianças que morreram antes de terem nascidas. Triste, mas muito bonito.


O segundo foi uma trilha com pedras e água corrente que está lá bem no final da rua, aos pés da torre. Não deixa de ser um contraste: tanta tecnologia a volta e a natureza dá um jeito de se manter ali, intacta!




Por fim, mas não menos importante, a Torre (Eiffel) de Tokyo. É a maior torre autosustentável (isso quer dizer “pernas” numa linguagem de gente normal) medindo 333m de altura (a Eiffel 324m), e foi inaugurada em 1958 ( a Eiffel é de 1889). Serve para umas dezenas de antenas de estações de TV e Rádios, além de 2 observatórios (um a 150m do chão e outro a 250m). E o mais curioso : no folder que recebi lá na entrada, faz menção ao ano da inauguração – “Inaugurado em 1958. Este foi o ano que o Brasil ganhou a sua primeira Copa do Mundo e também foi o momento que o ramen (espécie de spaguetti chinês) entrou no Japão”.





A vista de lá é muito legal, dá para ter uma noção de Tokyo 360º. Mas nada... nada se compara a beleza não só da Torre Eiffel, mas da vista de uma Paris maravilhosa (ainda mais com uma lua linda dessas) !!!!! Tokyo que me perdoe !!!




AU REVOIR !!!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Santuário Meiji Jingu

O Santuário Meiji é um Santuário Xintoísta, dedicado aos espíritos do Imperador Meiji e sua esposa . O Imperador morreu em 1912 e sua esposa em 1914. Em 1915 começaram a contruí-lo e em Novembro de 1920, inaugurado. Como quase tudo por aqui, ele também foi destruído durante a segunda guerra, e erguido novamente em 1958. Uma curiosidade interessante : mais de 100.000 árvores foram doadas pelo povo japonês para serem colocadas ao redor deste Santuário como uma espécie de homenagem póstuma.


O Santuário de Meiji está localizado em uma floresta onde fica o parque Yoyogi que já comentei no post anterior (não consegui contar o número de árvores, mas tinham muitas, e o mais comum é o cipreste). O santuário em si é composto por duas áreas principais:


Barris de saquê (nihonshu) que são doados ao santuário e que ficam localizados ao longo do caminho que leva até lá;
Torri é como se chama o pórtico de entrada ( tem umas 3 entradas até a construção principal onde estão os restos mortais do Imperador e sua esposa);



Nos santuários xintoístas é comum vermos estes barris de saquê. A bebida é consumida como parte dos rituais de purificação, comparado ao uso do vinho nas cerimônias católicas. Pessoas doam os barris de saquê aos santuários e templos para que sejam usados em cerimônias de casamento e festivais. Nestas festas esses barris são quebrados e abertos. Chama-se Kagami Biraki o ato de “quebrar” o tonel de saquê para estas festividades.



Só por curiosidade... além de mim, outras pessoas ilustres também estiveram recentemente no Santuário. O Presidente Barack Obama, em sua primeira visita ao exterior depois da posse, fez o caminho até o santuário, para mostrar “respeito para com a história e a cultura do Japão”.



Um pouquinho de história....

O Imperador Meiji foi o primeiro governante do Japão Moderno (1867). Meiji significa “Governo Iluminado”.

No ano de 1868 da era Tokugawa foi encerrado o xogunato pelas mãos dos revolucionários Meiji. Era uma época de problemas financeiros, impostos elevados, fome e muita revolta devido ao poder absoluto nas mãos dos xoguns. Nesse momento o Imperador Meiji toma posse para lutar por uma vida melhor para todos, daí o nome “Revolução Meiji”, e onde o Imperador torna-se um líder do povo. Nessa época a capital muda para Tokyo, por muito tempo foi Kyoto. Foi a restauração, que estabeleceu o Japão como uma potência no Pacífico e ajudou-a a manter uma importante presença internacional.

Uma curiosidade a respeito do Imperador Meiji. Ele não teve filhos com a Imperatriz ( que se ocupava de trabalhar para introduzir a Cruz Vermelha no Japão), mas sim 15 filhos com outras “consortes” (essa tradução é muito boa!). E, além da vida política, ele dedicava-se a fazer poesias ( um tipo que se chama Waka e que tem mais de 1000 anos), e cujos ensinamentos do Reike se baseiam.

Para os tempos que se avizinham
E da reunião que devem ser cumpridas
A todos os nossos povos
Deve ser ensinado a caminhar
O caminho da sinceridade

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A Redenção fica em Harajuku

Para quem conhece Porto Alegre, sabe que o Parque da Redenção (Parque Farroupilha) aos domingos é de todos !



Encontrei um parque aqui que é uma Redenção aos domingos ( se eu não estiver exagerando, é mais). Chama-se Parque Yoyogi e fica na região chamada Harajuku, bem próxima de Shibuya.




Harajuku é um pólo de novas tendências, cultura alternativa, lugar para surgimento de novas bandas J-Rock e um lugar absolutamente imperdível se quisermos entender um pouco de Tokyo.

Nas imediações de Harajuku é que aconteceu as Olimpíadas de 1964. Lá estão alguns museus, estádio olímpico, a estação pública de TV NHK e muita, muita gente aos domingos.

Lá também estão duas principais ruas de moda : a avenida Omotessando é um lugar de “moda chiq” .. quando eu falo em “chiq” é “chiq” mesmo ! Chanel, Dior, Dolce&Gabbana, Louis Vuitton, Armani, Prada, Cartier, Bulgari, etc... mais detalhes sairão na “série” de posts sobre moda, pois 1 post só não será suficiente.. não se tratando de Tokyo! A outra avenida se chama Takeshita e é repleta de boutiques de moda voltado para o público jovem ( uma curiosidade ... aqui se consome muito, mas os jovens começam a trabalhar muito cedo, o que garante um faturamento considerável mesmo para a faixa etária jovem.. mercado muito bom!).

O Parque Yoyogi tem 54ha ( a Redenção tem 37ha e o Ibirapuera 158ha) e dentro tem um Templo Sintoísta chamado Meiji Jingu .. mas falarei dele no próximo post, pois não dá para misturar .. vejam pelas fotos mais abaixo...

O parque é muito legal e ficou famoso na década de 90 quando começou a aparecer artistas de rua e jovens com roupas extravagantes – e o trânsito era fechado nesta época na avenida “chiq” . Muita gente vai lá, estrangeiro ou local. As pessoas colocam plásticos no chão e fazem piquenique com famílias, amigos e namorados(as). Tem muita árvore, muitas floreiras com rosas lindíssimas, fontes e chafarizes, barzinhos e pasmem .. tudo muito limpo. Todo mundo cuida. Só tem lixo mesmo, nas grandes lixeiras do parque, que separa plástico, vidro, lata e lixo orgânico. E tem também muito cachorro ... também vou ter que dedicar um post exclusivo aos pets daqui.


Bom.. mas vamos aos “tipos” que lá encontrei. Tem de “um tudo”, mas o mais legal é que tudo é permitido. As pessoas que vão lá para se mostrarem, adoram tirar fotos. Tirei muitas, mas como o espaço aqui é restrito, resolvi eleger algumas mais interessantes.














Como já estou há mais de mês ausente do Brasil, vale lembrar .. na foto com a boneca, estou à esquerda.. hahaha.

sábado, 10 de outubro de 2009

Tudo por aqui pode ser surpreendente

Hoje foi um daqueles dias do verdadeiro “Não há o que não haja”.

De manhã, durante meus 45 minutos de exercícios, teve nuvens, chuva, sol e calor.

Depois tive o privilégio de conhecer um pouco mais da vida de um japonês. Fui convidada por uma colega a ir na casa dela e conhecer sua família e seus hábitos. Nosso objetivo a seguir era jantar num restaurante típico brasileiro para que ela e outra colega pudessem conhecer um pouco do Brasil também.

Para isso tive que pegar um ônibus aqui perto. Vejam bem... uma situação corriqueira que não damos muita bola, pois pegar um ônibus e descer algumas paradas depois não deve apresentar nenhuma dificuldade... mas isso não se aplica aqui !!! Pelo menos não para mim.

Levei comigo um cartãozinho com o nome da parada. Olhem que simples .. não, não está “embassada” a foto .. é assim mesmo.
Daí entrei no ônibus, paguei a passagem para a tal máquina na entrada e mostrei (gentilmente) o cartão para o motorista de luvas. Ele fez um sim com a cabeça e eu fiquei aguardando ( e rezando) o sinal “positivo” dele. Uns 15 minutos depois ele deu uma olhada para trás e “sacudiu” a cabeça... entendi que era para descer.

Vocês acham que a dificuldade acaba aí? Ledo engano ! No Japão não é tão fácil achar o endereço de uma pessoa. É necessário algum ponto de referência (os mapas mostram sempre estes pontos).

As cidades são divididas em Ku, que são como zonas ( é uma boa tradução, não?). Depois dividi-se em subzonas (banchi). Depois cada casa ou edifício tem seu número, mas não necessariamente em sequência. Vejam o endereço do meu hotel : 2-3-1 Shin-Yokohama Kouhoku-Ku Yokohama City. Traduzindo .... Zona 2, bloco 3, número 1 , na zona Kouhoku, no bairro Shin-Yokohama, na cidade de Yokohama. Pronto! Quem quiser, já sabe como chegar aqui !!!

Hã ... ia esquecendo .... as ruas aqui não têm nome escrito em lugar nenhum ... não adianta quase nada as informações acima .... hahahaha

Claro que cheguei lá, pois bastou eu ligar para a minha colega que foi gentilmente me buscar na rua. Enquanto isso fiquei fotografando uma típica casa japonesa.


Não conheço outras casas para comparar, mas não me pareceu muito pequena. Era uma casa de 2 andares, com uma entrada bem típica, onde devemos deixar os sapatos e seguir de chinelos. Na parte de baixo, segundo a explicação que recebi, ficam alguns aposentos não muito usados normalmente : tem um quarto de hóspedes para a família, um outro com pertences da casa e outro ainda uma espécie de sala com um altar. Na parte de cima ficam a sala, quartos, banheiro e cozinha.

Este altar é uma espécie de templo para a família ( chama-se “butsudan”). O que conheci era um altar de cerca de 1 metro de altura por uns 80 cm, todo em preto com algumas pinturas douradas. Dentro tinham alguns objetos: uma estátua, 2 pequenos castiçais com velas, uma caixinha redonda com areia onde coloca-se os incensos para queimar, e um vaso de flor bem na frente. Tinha também fotos de parentes que já se foram.

Este altar é onde ficam as cinzas dos antepassados, guardadas em pequenas caixas ( abaixo um exemplo, porque obviamente eu não tirei nenhuma foto). Recebi toda esta explicação com muito respeito, pois esta foi a primeira parte que me foi mostrada da casa.





Na volta, para finalizar a sequência do “não há o que não haja”, consegui chegar na estação de trem, de volta para a minha casa, bem na hora da saída do estádio de futebol (Yokohama International Stadium). Imaginem a situação ... todo mundo tentando ir pegar o trem e eu saindo da estação. Mas na realidade Japonês é organizado até para isso. Tinham separação para ir e vir dentro e fora da estação do trem, muito guarda apitando e mostrando o caminho, o trânsito todo parada nas ruas em volta do estádio e gente civilizada andando conforme eram guiados. Até me lembrou o bairro Menino Deus, em Porto Alegre, na saída de um Gre-Nal !!!!!

Informações futebolísticas:

O Jogo era pela Copa Kirin, que é um torneio anual de futebol organizado no Japão pela Kirin Corporation desde 1978 ( A Kirin é uma das marcas mais famosas de cervejas aqui, que por sua vez faz parte do grupo Mitsubishi). Tendo sempre como anfitrião a Seleção Japonesa de Futebol, o torneio inicialmente era uma competição mista entre clubes e seleções. Após dois anos em que não foi realizada (1989 e 1990) e um ano de transição (1991), a Copa Kirin passou a ser disputada exclusivamente por seleções nacionais. No ano de 1984, para quem não sabe, o Sport Clube Internacional foi campeão !!!!! Tá .. tá bom... o Palmeiras, o Fluminense e o Flamengo também foram em outros anos , mas o Inter foi o primeiro time do Brasil a ganhar aqui ... como é chato essa coisa de ser campeão de tudo ....


Bom .. o jogo era entre os Japoneses e os Escoceses. O Japão ganhou de 2 a 0 bem no finalzinho da partida, o segundo gol foi aos 45 minutos do segundo tempo. Mas ninguém precisava me dizer quais os times que estavam jogando... vejam pelas fotos !!!!! Nem sabia que tinha tanto Escocês por aqui !!! Só falatava mesmo o uísque e a gaita escocesa para ficar completo os trajes !!!




Na segunda próxima também é feriado por aqui – Dia da “Educação Física”. Aguardem que venho com novas e belas imagens daqui !