terça-feira, 26 de janeiro de 2010

História do Japão - Parte 1

Estive, já por 2 vezes, no Museu do Edo aqui em Tokyo. Edo é o antigo nome da cidade de Tokyo, e este museu nos dá uma ideia da Tokyo antiga e a atual, reconstruída depois do grande terremoto em 1923 e da 2ª Guerra Mundial.



Mas para que possamos entender o Japão de hoje, é preciso entender um pouco de sua história. Fiz algumas pesquisas e tentei resumir de uma maneira bastante simplificada. Segue abaixo a primeira parte desta História.

O Japão é um país cuja civilização remonta o tempo paleolítico e foi marcado por Eras desde que se tem conhecimento.

Entre 300 e 1185, chamado de Período Inicial, compreende as Eras Kofun , Asuka, Nara e Heian – todas nomes de cidades, sendo a última (Heian) a atual Kyoto.

Nesta época, a cultura adotada era Chinesa. Nasce o Budismo em 552, vindo da Coreia, e ele servia principalmente à política contra o poder dos sacerdotes. Temos um período de muitas guerras civis perto de 622, e é fundado o Império, onde todo o poder é colocado nas mãos do Imperador. A mulher é banida de participar da sucessão do Império. No final deste período, conhecido como sendo um período pacificador ( 794 – 1185), o Budismo se torna religião, e o Japão se desenvolve por si só, abandonando aos poucos a cultura Chinesa.



Entra então o Período Medieval, compreendendo as Eras: Kamakura (1185-1333), Muromachi-Ashikaga (1333-1573), Azuchi-Momoyama (1573-1603), Edo (1603-1868) e por fim Meiji (1868-1912). Épocas dos Samurais.

Os Samurais ficaram conhecidos pela sua lealdade absoluta ao senhor feudal e sua completa aniquilação individual ( Hara-Kiri, que conhecemos pelo suicídio cometido por quem usa uma espada e a enfia no estômago para este fim). No século 15, os Samurais aderem ao Zen-Budismo e dão início aos conceitos das artes marciais. Foram comparados aos Cruzados da Europa, por evidenciar a brutalidade. Criam castelos, jardins Zen e a Cerimonia do Chá. Alguns foram grandes promotores das artes.



Na Era Kamakura (essa cidade é aquela do Grande Buda que já postei aqui) foi um período de forte influência militar, construções de muitos templos e também de grande influência do Zen na cultura e nas artes.






É também desta época uma estória bem interessante: no século 13 os Mongóis voltam sua atenção para o Japão e tentam entrar no país com sua armada de mais de 1.000 navios e 140.000 homens. Porém, devido ao enorme tufão ocorrido no mar, tudo é destruído. Os Japoneses chamaram este episódio de KAMIKASE“O Vento dos Deuses” – expressão que mais tarde seria adotada pelos pilotos suicidas na 2ª Guerra Mundial.




Por volta de 1550, os Portugueses são os primeiros europeus a chegarem ao Japão e começam a fazer comércio e evangelização, abrindo caminho para o Cristianismo. Sua presença dura cerca de 100 anos, e ao final, enormes batalhas são travadas e a maioria dos Cristãos são mortos. Hoje se vê poucas Igrejas Cristãs no Japão.

Na Era Edo, a capital muda de Kyoto para Edo, pois esta era uma boa base estratégica, e próxima do grande porto (Yokohama/Tokyo). Em 1635 o país é oficialmente fechado ao mundo, e este isolamento dura 250 anos ( até 1854). As únicas exceções ficam por conta do comércio com os Chineses e os Holandeses. Instala-se o Shogunato.

Nesta época (século 18), Edo era considerada a maior cidade do mundo, com mais de 1 milhão de pessoas. Se sobressai pelas casas de Gheisa e cortesãs, literatura, teatro Kabuki e a arte gráfica ( livros e impressos em blocos de madeiras). Cerca de 40% da população é literata.







Em 1853, os EUA chegam na baía de Edo para tentar abrir caminho para Shangai. Em 1959 é assinado o tratado de Kanagawa entre os EUA e o Japão, e o país é reaberto ao mundo novamente. O Shogunato acaba.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Acho que isso só tem no Oriente !

Depois de 4 meses por aqui me habilito a falar e mostrar somente coisas estranhas. Claro que estranhas para olhos não orientais, pois por aqui parece mesmo “lugar comum”.

Como as fotos “falam por si”, seguem algumas peculiaridades daqui. Essa abaixo é a porta de entrada no aeropoto Narita.. vejam só ...



Aqui se vestir com roupas tradicionais japonesas é bastante comum. Famílias inteiras se vestem assim. O que não esperávamos era ver, no último feriado, que se comemorava a maior idade por aqui( 20 anos), tantos meninas e meninos andando pelas ruas com seus mais belos trajes. E não iam a lugar nenhum, apenas passeavam e almoçavam com suas famílias.





Nos parques continuamos encontrando de tudo. Não importa o frio de uns 8 graus em plena metade da tarde. O que vale é ser diferente.






Nos templos, com todo o respeito que me cabe aqui, também encontrarmos coisas bem diferentes. E em todas as línguas.




E onde vamos sempre tem muita gente !!!! Quando falo muita gente digo que é muita gente mesmo! Não importa onde: rua, estação de trem ou mesmo templo com frio ou chuva. Quando contei para a minha filha que no cruzamento, na saída da estação de Shibuya, estima-se passar 1 milhão de pessoas ouvi um comentário: “mas como tu és exagerada” ... levei ela até o segundo andar de uma cafeteria para ela dar uma olhada às 18hs de um domingo ..... comentário posterior ..... “nossa mãe” !!!!






E ainda temos “coletor de cinza de cigarro para não sujar a rua”, “tampa de boeiro enfeitada”, “restaurante cujo principal prato é um peixe que é venenoso”, “loja de artigos futebolísticos que se transforma em cinema em dia de jogo”, e o não mais esquisito “informativo do vaso sanitário” !!!







E, por fim, “pagando mico” como qualquer turista fora de seu país faz !!! E ainda por cima registra o momento em fotos para eternidade !!!!!!


segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Diversão de Criança : Disney em Tokyo

A Disney daqui de Tokyo se divide em 2 parques dentro de um complexo com 7 hotéis em volta e se localiza bem próximo do mar, cerca de uns 15 minutos ao norte do centro da capital. São eles : Disneyland e Disney Sea.



A Disneyland foi inaugurada em abril de 1983 e é cópia da Disney da Califórnia, mas recebe mais público que a original Americana ( pudera… com a quantidade de gente que tem por aqui em todos os lugares…rsrsrs).






Já a Disney Sea foi inaugurada em 2001 e é um parque com atrações mais radicais e uma quantidade maior de restaurantes internacionais.

Escolhemos a Disneyland para passarmos 1 dia, visto que, devido ao frio, pensamos que as atrações molhadas seriam melhores aproveitadas numa temperatura melhor que os 8 graus que estava fazendo durante o dia.



Levamos cerca de 1 hora e meia para chegarmos ao parque, mas fomos compensadas com um maravilhoso dia de sol. Frio mesmo só depois das 5 da tarde, que é quando o dia acaba por aqui. Mas nada que impedisse de aproveitarmos o parque até seus minutos finais.




Curtimos várias atrações:
• 3 montanhas russas, onde a maior e mais legal chama-se “Big Thunder” , e onde esperamos exatas 2 horas para entrar e gritar muito nos 2 minutos seguintes;
• Um barquinho que navega pelo mundo dos “Piratas do Caribe”;
• Um simulador que nos coloca dentro de uma nave do “Star Wars” com direito a vários combates espaciais ( só não encontramos o Darth Vader, para minha decepção);
• Cinema 4D lembrando o filme “Querida, encolhi as crianças” - só vou ocultar de contar a hora que passa ratos pelas nossas pernas… horrível sensação;
• Queria muito tirar umas fotos com a Minie, mas ela não se encontrava em casa quando fomos fazer uma visitinha…. Estava se arrumando para o desfile temático do meio da tarde;





E como não poderia deixar de ser, tiramos muitas fotos, não importando quanto ridículo iríamos aparecer. Afinal, éramos 2 crianças se divertindo na Disney.


quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Charmosa e Fria Paris

Pela segunda vez Paris me pareceu fria, e não era só pela temperatura por volta dos -1º C que estava fazendo. Mas isso é apenas uma visão bem particular. Tenho amigos que certamente discordarão muito desta opinião.

A cidade hoje tem pouco mais de 2 Milhões de habitantes (cerca de 12 Milhões se considerarmos a região metropolitana), e recebe mais de 30 Milhões de visitantes por ano. Acho que neste último final de ano tinha pelo menos 1 milhão de Brasileiros por lá, visto que o idioma que mais escutamos era o Português.



Cortada pelo Rio Sena (que desde 1991 faz parte do Patrimônio Mundial da Unesco) e olhada pelo alto da Torre Eiffel temos uma visão linda da Cidade Luz.



A cidade é realmente bela e charmosa. Tem história para contar e recontar. Dizem que os primeiros habitantes remontam de 4.000/3.800 anos A.C. E a julgar por todos seus prédios históricos, sua cultura e sua participação na construção do que hoje é a Europa, temos muito o que ver cada vez que estamos por lá.





Só no Museu do Louvre (meu preferido), por exemplo, podemos nos perder em infinitas horas, e sempre teremos salas novas, pinturas não vistas, esculturas não descobertas anteriormente.





Ainda podemos falar das ruas estreitas, dos prédios com suas charmosas floreiras, dos jardins bem cuidados, praças, igrejas, estações de metrô cheias de “leituras” nas paredes, muitos cafés e os deliciosos baguetes que comemos enquanto caminhamos.





Mas para uma comemoração de final de ano, deixou muito a desejar. Não tivemos fogos de artifício como em muitas outras cidades do mundo. Apenas uma iluminação especial na Torre Eiffel que durou cerca de 5 minutos. E dizem que a Champs Elysees clareou a fria noite do final de 2009 para um público aproximado de 400 mil pessoas.



Talvez, numa próxima passada por lá terei a chance de mudar meus sentimentos com relação a Cidade Luz!



Enfim, Paris é realmente Paris!