Dois parques nacionais concentram as principais trilhas e pontos visitados : Parque Nacional de Aparados da Serra e Parque Nacional da Serra Geral.
Há cerca de 190 milhões de anos, aquele que futuramente seria o território do Rio Grande do Sul estava sofrendo profundas modificações. Primeiro, foram os derrames de lavas basálticas, que saíam, em grande quantidade, das falhas que se formaram em diversos pontos do sul do Brasil. Esses sucessivos derrames deram origem ao Planalto Meridional do Brasil, com uma extensão total de 1 milhão de quilômetros quadrados. Fazem parte desse planalto cerca de 50% do território gaúcho. Os cânions nasceram da ação dos vulcões, cerca de 150 milhões de anos atrás. Sucessivos derrames de magma, resfriamentos e solidificações do basalto desenharam um espetáculo da natureza. Por esta característica de camadas, o lugar chama-se Aparados da Serra.
Em 1957, o Governo Estadual decretou uma parcela da área dos Aparados com cerca de 13.000 hectares como de utilidade pública, para fins de desapropriaçãocom intuito de instalar um parque no local. Em 1959, o Governo Federal criou o Parque Nacional de Aparados da Serra. Em 1972, esse decreto foi alterado, e incluiu-se no parque cerca de 5.000 hectares em território catarinense, estabelecendo-se uma área de 13.033 hectares.
Os 2 Parques juntos possuem cerca de 17.000 quilômetros quadrados. São formados por mata Atlântica e floresta de Araucárias, assim como campos a perder de vistas e penhascos imensos. Andando por lá temos a sensação de que somos realmente muito pequenos diante da magnífica natureza.
Há 12 cânions nos Parques. O mais famoso ( e o único completamente dentro do Parque) é o Itaimbezinho, cujo nome vem do tupi-guarani e quer dizer “pedra cortante”. Esse cânion tem 5,8 Km de comprimento e profuncidade média de 600m. Possui uma cascata chamada Véu de Noiva, um dos maiores atrativos visto do mirante da trilha do Vértice.
Mas para quem quer ver mais, vale se aventurar por dentro do Parque Nacional da Serra Geral, onde encontramos outros tantos cânions : Fortaleza, Malacara, Churriado e Faxinalzinho.
A fronteira do Rio Grande do Sul com Santa Catarina guarda o maior conjunto de cânions do relevo brasileiro, um lugar de beleza surpreendente. Esses cânions formam vales profundos, com paredões altos e extensos. Um lugar de tirar o fôlego, ainda mais num final de semana completamente aberto, coisa rara por lá.
É claro que não é fácil fazer a trilha lá dentro do Parque. E mesmo caminhando cerca de 15Km por dentro de matos e pedras com uma mochila nas costas, é fácil esquecer de qualquer coisa que não seja a deslumbrante e belíssima vista !!!!
