terça-feira, 15 de novembro de 2011

Teotihuacan : Onde os homens se tornam Deuses



As civilizações mexicanas tinham uma lenda, segundo a qual, uma primeira geração de homens havia sido destruída em tempos remotos por Jaguares (Primeiro Sol). A geração seguinte fora destruída por furacões ou Vento (Segundo Sol). Uma terceira por erupções vulcânicas ou Fogo (Terceiro Sol). A quarta havia desaparecido com um dilúvio de Água (Quarto Sol). O quinto e último sol teria criado a cidade de Teotihuacan.



Teotihuacan é considerada a sede da civilização do vale do México (Mesoamerica), e estima-se que seu primeiro povoado data do ano de 600 a.C.

Este sitio arqueológico fica localizado a 40Km da Cidade do México.







Pirâmide do Sol

Orientada para o ponto onde o sol se põe, é considerada a terceira maior pirâmide no mundo e a segunda no México. Tem 63m de altura e uma base de 220 x 230 m. Para se chegar no seu topo, temos que subir 259 degraus irregulares e, alguns, muito estreitos. Se subir é difícil, o pior mesmo é descer!

Em 1971 foi descoberta uma caverna sob a pirâmide. Ela possui 4 portas dispostas como pétalas de uma flor, onde tem-se acesso a outras salas (infelizmente não conheci).






Pirâmide da Lua

Menor que a do Sol, e situada do lado norte da cidade, possui altura de 45m (mas não é permitido subir no topo, apenas no primeiro andar). Na sua frente, estende-se o eixo principal da cidade: a Avenida dos Mortos. Essa rua ou avenida tem 4 Km de extensão por 45m de largura.

Andando por ela, e como estamos no México, vamos ouvindo os guias de turismo pronunciando gritos, pois existe um eco bem interessante ao longo do seu passeio.






Existe uma bonita lenda que nos fala da criação do Sol e da Lua, os deuses a quem foram dedicadas as duas magníficas pirâmides:

Antes que existisse dia, os deuses reuniram-se em Teotihuacan e disseram, "Quem iluminará o mundo?". Um deus rico (Tecciztecatl) disse "Eu me encarregarei de iluminar o mundo". "Quem será o outro?", e como ninguém respondia, nomearam um outro deus pobre e sarnento (Nanahuatzin). Depois da nomeação, os dois começaram a fazer penitência e a rezar. O deus rico ofereceu penas valiosas de uma ave chamada quetzal, pepitas de ouro, pedras preciosas, coral e incenso de copal. O deus sarnento por seu lado, oferecia canas verdes, bolas de feno, espinhos de maguei cobertos com o seu sangue e no lugar de incenso oferecia as crostas das suas pústulas. À meia-noite terminou a penitência e começaram os rituais. Os deuses ofereceram ao deus rico bela plumagem e um casaco de linho enquanto que ao deus pobre era oferecida uma estola de papel. Depois, junto ao fogo, ordenaram ao deus rico que se atirara a ele. Este teve medo e recuou. Voltou a tentar e mais uma vez recuou, isto por quatro vezes. Chegou então a vez de Nanahuatzin, que fechou os olhos e se atirou ao fogo sendo consumido por este. Quando o deus rico viu isto, imitou-o. De seguida entrou no fogo uma águia, que também se queimou (e é por isso que as águias têm as penas foscas, de cor morena muito escura); de seguida entrou um jaguar que se chamuscou e ficou manchado de branco e negro. Então os deuses sentaram-se à espera para ver de onde sairia Nanahuatzin; olhando para oriente viram aparecer o sol com uma cor forte; radiava luz em todas as direcções e não conseguiam olhar directamente para ele. Voltaram a olhar para oriente e viram aparecer a Lua. Ao princípio os dois deuses resplandeciam com igual intensidade, mas um dos deuses presentes atirou um coelho à cara do deus rico e desta maneira diminuiu o seu brilho. Todos ficaram quietos; depois decidiram morrer para assim dar a vida ao Sol e à Lua. Foi o Vento que os matou e que em seguida começou a soprar, fazendo deslocar primeiro o Sol e mais tarde a Lua. Por tudo isto é que o Sol nasce durante o dia e a Lua mais tarde, durante a noite.

Num lugar como esse não há como duvidar!!!


domingo, 29 de maio de 2011

As Cores da Natureza

Ainda falando da Costa Rica, ou melhor, "mostrando-a em fotos", destaca-se a exuberante natureza por todos os lados.

Estamos na estação chuvosa - que vai de meados de maio até outubro. Chove todos os dias, só não sabemos exatamente a que horas. Por isso mesmo, a natureza agradece e nos brinda com paisagens lindas.







O Parque La Paz Waterfall Gardens é uma propriedade privada para conservação da natureza. Possui 28 hectares, 5 cachoeiras, um rio de aproximadamente 1km de extensão, 3,5Km de trilhas, florestas, 40 espécies de aves, macacos, insetos, um borboletário lindo e cheiroso, exposição de orquídeas e bromélias, um jardim repleto de beija-flor, serpentário, jaguar, puma, jaguatirica, gato do mato e um ranário, onde as rãs e sapos estão soltas e você lá dentro... na maior tranquilidade tirando fotos...rsrsrsrs
















domingo, 3 de abril de 2011

Vulcão Arenal e suas paisagens belíssimas !

A distância entre a cidade de San José e o Parque Nacional do Vulcão Arenal é cerca de 200Km, mas devido a serra que temos que subir, das rodovias bem ruins, e das poucas paradas que fizemos, foram quase 3 horas e meia até chegarmos lá.



Mas não pensem que a paisagem era chata, muito pelo contrário. Cenário lindo ! Natureza e ar puro para ninguém colocar defeito. Essa serra, que cobre o território da Costa Rica, fica bem no meio da cadeia de montanhas que liga a Cordilheira dos Andes até as montanhas no Alasca.







No meio do caminho ainda encontramos escolas primárias minúsculas, mas em perfeito estado de conservação - que servem para atender as pequenas comunidades ao longo do caminho. Essa comunidades vivem da produção rural de frutas, legumes e plantas ornamentais. Nessa parte da Costa Rica já não é produzido o café.



O Parque Nacional do Vulcão Arenal fica na província de La Furtuna. O Vulcão Arenal possui 1670m e entrou em erupção em julho de 1968 e está ativo até hoje. Em 2010 houveram vários momentos onde a lava podia ser vista descendo de um dos lados do vulcão. Mas infelizmente não pudemos ver a lava, nem quando escureceu.





Mas isso não tirou, de maneira alguma, o encanto de toda a sua natureza. Visão belíssima, mesmo no entardecer. Além disso, as águas termais que escorrem da sua montanha são uma "lavagem" na alma de qualquer pessoa. Não tem como a gente ficar indiferente a tanta natureza e beleza.







Repitimos, eu e minhas amigas Stephanie e Pauline, o slogan da Costa Rica : Pura Vida !!!!!




quarta-feira, 30 de março de 2011

O Café da Costa Rica


A economia da Costa Rica é baseada no turismo, em primeiro lugar, seguido das exportações de banana e café. Aliás, tem comida com banana de tudo quanto é jeito. E um café muito saboroso também.

Tive a oportunidade de ir numa fazenda de plantação de café numa cidade chamada Alajuela, uma das principais produtoras desse grão, e ouvir um pouco da estória dessa bebida que muitas pessoas adoram, incluindo eu.



Como não sou nenhuma expert em café, fui buscar um pouco da estória. O café é originário da Etiópia. Conta a lenda que um pastor Etíope, lá no ano de 850 dC, que morava em Kaffa (de onde provavelmente se originou o nome “café”), encontrou suas cabras alegres e saltitantes comendo os frutos vermelhos de umas árvores pequenas. Ele achou estranho e levou alguns grãos ao mosteiro local, contando o acontecido. Com medo do poder dos frutos, ateou fogo aos grãos, que exalaram um aroma delicioso. Era a descoberta do café arábico.



O café só chegou no Brasil em 1727 proveniente de plantas clandestinas trazidas para o Estado do Pará.

Na Costa Rica ele chega em torno do ano de 1779. E encontra um clima perfeito o ano todo ( aqui não existem as estações que conhecemos por Inverno, Verão, Outono e Primavera.... aqui tem uma época que chove mais e uma que chove menos – temperatura média em torno de 25 graus), além de um solo vulcânico que ajuda a fertilizar os pés de café, e uma cadeia de montanhas espalhada pelo país.

O café é plantado entre 800m e 1500m, e quanto mais elevado for a plantação, mas nobre será o grão. Mas a plantação mesmo começa com mudinhas que ficam de 1 à 2 meses em pequenos vasos, e depois mais 6 meses num recipiente maior antes de irem para seu lugar definitivo. Um pé de café pode durar até 80 anos.




Achei interessante saber que a raiz de um pé de café é muito maior que sua árvore, necessitando um local arejado e uma terra bem fofa para crescer. Também entre os pés de café, eles plantam aqui bananeiras e eucaliptos, em parte para proteger do excesso de sol e também para afastar qualquer tipo de praga no pé de café.

Depois tem todo o processo de colheita, que aqui é entre dezembro e fevereiro, e os grãos não são colhidos todos de uma só vez. Eles colhem na medida que vai amadurecendo, daí o tempo tão extenso. Após a colheita, os grãos são levados para o processo de separação da polpa e retirada da água que existe internamente. Ao final desse processo, ainda existe a secagem e a torragem dos grãos. Desse processo todo sobram os restos de polpa e da água, onde eles, por uma questão de sustentabilidade, fazem o reuso desses degetos na própria lavoura de café, tornando parte disso adubo natural.



Nas antigas colheitas de café eles utilizavam um tipo de carroça que veio da Itália, porém sem as cores. Aqui elas foram pintadas de vermelho, laranja ou azul, dando um colorido todo especial. Hoje são apenas lembranças nas fazendas de café.




Finalmente, além dos diferentes pontos de torrefação (claro, médio e escuro), ainda temos a moagem dos grãos. Misturadas de diversas formas temos hoje as inúmeras possibilidades de café. Escolha o seu !