segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Ginza e Kabuki: o moderno e o novo num mesmo Bairro



Ginza é, sem dúvida, o bairro mais chique e diferente de Tokyo. Andando pelas ruas centrais deste bairro de lojas imponentes, com suas inúmeras luzes, em nada lembra uma Tokyo dos tempos medievais.



Mas este bairro nasceu na Era Edo, durante o século XVII. Após o grande incêndio que devastou quase toda a área, este bairro foi reerguido no século XIX, tornando-se o lugar das lojas mais importantes do planeta.



O famoso prédio Ginza Wako, com seu relógio de 1932, lembra muito a influência européia por aqui. Aliás, influência essa que encontrei em um prédio de 1934 chamado hoje de Ginza Lion Beer House. Esse prédio foi erguido por um famoso arquiteto da época, chamado Eizou Sugawara, que levou 3 anos para concluir a construção. As cores vibrantes dos ladrilhos dos pilares dentro do estabelecimento vieram da Alemanha e eram grande novidade para esta época. Várias pinturas nas laterais e também no bar ao fundo, denotam bem esta influência.



Nos finais de semana, a avenida principal é fechada para o trânsito, deixando um corredor de prédios enormes, todos muito luminosos à noite, para o deleite dos pedestres. A todo o momento temos a sensação que algum carro vai passar.

À noite, essa infinidade de prédios ganham luzes por todos os lados. E as marcas ficam ainda mais visíveis. É uma verdadeira guerra de marketing. Mas aos olhos de uma simples pedestre, isso tudo parece mágica, pois mistura-se o tradicional com o moderno.








Mas o bairro não deixa de ter seu atrativo bem Japonês. Ali está o teatro Kabukiza, construído no século XIX, e abriga hoje peças do Teatro Kabuki.



Caracterizado por uma música bem exótica, o Kabuki foi criado por Okuni, uma serviçal de um templo Xintoísta que apresentava sua companhia feminina de teatro em Kyoto. Se tornou rapidamente a forma mais popular de teatro no Japão.

Porém em 1629, preocupado com a prostituição, o governo Japonês proibiu as mulheres de participarem das apresentações teatrais. Desta forma, até hoje, os papéis são todos interpretados por onnagata, atores masculinos que interpretam a beleza feminina.





Pode-se assistir vários atos ou somente uma parte da peça. Mas nem pensar sem tradução, pois se já traduzindo para o inglês, temos dificuldades de entender as peças com hábitos e situações bem Japonesas, imagina sem tradução !

Enfim, encontra-se do mais moderno ao mais tradicional em qualquer canto deste país com tanta história para contar.

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