quarta-feira, 30 de março de 2011

O Café da Costa Rica


A economia da Costa Rica é baseada no turismo, em primeiro lugar, seguido das exportações de banana e café. Aliás, tem comida com banana de tudo quanto é jeito. E um café muito saboroso também.

Tive a oportunidade de ir numa fazenda de plantação de café numa cidade chamada Alajuela, uma das principais produtoras desse grão, e ouvir um pouco da estória dessa bebida que muitas pessoas adoram, incluindo eu.



Como não sou nenhuma expert em café, fui buscar um pouco da estória. O café é originário da Etiópia. Conta a lenda que um pastor Etíope, lá no ano de 850 dC, que morava em Kaffa (de onde provavelmente se originou o nome “café”), encontrou suas cabras alegres e saltitantes comendo os frutos vermelhos de umas árvores pequenas. Ele achou estranho e levou alguns grãos ao mosteiro local, contando o acontecido. Com medo do poder dos frutos, ateou fogo aos grãos, que exalaram um aroma delicioso. Era a descoberta do café arábico.



O café só chegou no Brasil em 1727 proveniente de plantas clandestinas trazidas para o Estado do Pará.

Na Costa Rica ele chega em torno do ano de 1779. E encontra um clima perfeito o ano todo ( aqui não existem as estações que conhecemos por Inverno, Verão, Outono e Primavera.... aqui tem uma época que chove mais e uma que chove menos – temperatura média em torno de 25 graus), além de um solo vulcânico que ajuda a fertilizar os pés de café, e uma cadeia de montanhas espalhada pelo país.

O café é plantado entre 800m e 1500m, e quanto mais elevado for a plantação, mas nobre será o grão. Mas a plantação mesmo começa com mudinhas que ficam de 1 à 2 meses em pequenos vasos, e depois mais 6 meses num recipiente maior antes de irem para seu lugar definitivo. Um pé de café pode durar até 80 anos.




Achei interessante saber que a raiz de um pé de café é muito maior que sua árvore, necessitando um local arejado e uma terra bem fofa para crescer. Também entre os pés de café, eles plantam aqui bananeiras e eucaliptos, em parte para proteger do excesso de sol e também para afastar qualquer tipo de praga no pé de café.

Depois tem todo o processo de colheita, que aqui é entre dezembro e fevereiro, e os grãos não são colhidos todos de uma só vez. Eles colhem na medida que vai amadurecendo, daí o tempo tão extenso. Após a colheita, os grãos são levados para o processo de separação da polpa e retirada da água que existe internamente. Ao final desse processo, ainda existe a secagem e a torragem dos grãos. Desse processo todo sobram os restos de polpa e da água, onde eles, por uma questão de sustentabilidade, fazem o reuso desses degetos na própria lavoura de café, tornando parte disso adubo natural.



Nas antigas colheitas de café eles utilizavam um tipo de carroça que veio da Itália, porém sem as cores. Aqui elas foram pintadas de vermelho, laranja ou azul, dando um colorido todo especial. Hoje são apenas lembranças nas fazendas de café.




Finalmente, além dos diferentes pontos de torrefação (claro, médio e escuro), ainda temos a moagem dos grãos. Misturadas de diversas formas temos hoje as inúmeras possibilidades de café. Escolha o seu !

2 comentários:

  1. Que maravilha Ana!
    deu até vontade de tomar um café! Vou agora mesmo.
    mais uma vez obrigado pela história!
    Abraço - Daniel

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  2. Oi Ana,

    Legal teu blog. Vou acompanhar tuas viagens.

    Mario

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